A CDU – Coligação Democrática Unitária apresentou os
seus candidatos às próximas eleições autárquicas de outubro.
Os Candidatos da CDU no Concelho de Albufeira são:
Câmara Municipal - Suzel Martins Pimenta
Assembleia Municipal - Cândido Reigado
Assembleia de Freguesia de Albufeira - Renato José
Pimenta
Assembleia de Freguesia da Guia - António Vicente Silva
Assembleia de Freguesia das Ferreiras - Ana Cristina
Silvestre
A apresentação decorreu num almoço que teve lugar no
domingo, onde a candidata à Câmara Municipal, Suzel Pimenta, proferiu o
discurso que transcrevemos abaixo na íntegra:
Camaradas e amigos, como independente
e tendo sido convidada pela Comissão Concelhia do Partido Comunista Português decidi
aceitar o convite para encabeçar a lista
à Câmara Municipal de Albufeira porque tenho a forte convicção que todos temos
o dever cívico de contribuir para uma sociedade melhor.
Ao longo dos anos tenho contribuído de
forma singela como pessoa, mãe, profissional e sindicalista. Tenho acompanhado
a luta dos que no dia-a-dia se dedicam à defesa dos valores democráticos e de
justiça social e que fora do seu círculo familiar e profissional levam este
esforço mais além, muitas vezes em prejuízo da sua vida familiar. Porque admiro
e respeito o trabalho realizado pelos comunistas de Albufeira, achei que não
poderia recusar esse convite, convicta que a minha candidatura é a mais
abrangente e envolve um maior número de candidaturas independentes. Espero não
defraudar a confiança que em mim foi depositada.
Vivemos tempos difíceis como há
muito não se via, como julgávamos não mais ver! Por tal, é tempo de deixarmos
de ser treinadores de bancada. Não chega acompanhar o que de bom ou não é feito
por aqueles a quem foi dado o voto, para no exercício das suas funções servirem
a causa pública! É preciso que as pessoas se envolvam e participem ativamente.
Todos juntos, com a participação de
cada um, atuando em defesa dos anseios da população e na resolução das suas
dificuldades, vamos defender os ideais democráticos e de justiça social que são a defesa constante da Coligação
Democrática Unitária (CDU), e que foi bem patente nos primeiros anos de democracia,
fazendo chegar a energia elétrica às regiões mais remotas, o saneamento básico,
o fornecimento de água, habitação social etc.
Não será uma caminhada fácil. Este
executivo camarário PSD, em funções desde 2001, fez como a cigarra: festas e
romarias, foguetes e fogos de artifício, dizendo fazer a promoção da nossa cidade como destino férias. Ora, os munícipes não vivem de Festas, as suas necessidades são permanentes!
A Câmara não amealhou, aliás pelo contrário
não poupou esforços para conquistar simpatias. Esbanjou os dinheiros públicos
em obras de fachada com projetos supérfluos isto é endividou-se e as
consequências estão à vista: Deve à Banca, aos fornecedores, à Empresa das
Águas do Algarve, (etc.). Por conseguinte, para fazer face às dívidas teve de:
recorrer ao Plano de Apoio à Economia Local, parar obras, reduzir o apoio à
população e claro, deitar a mão ao bolso dos munícipes, com a aplicação das
taxas máximas, no IMI e na faturação
vergonhosa da água que é bem de primeira necessidade.
Nos tempos que correm com as
dificuldades que existem, nem nós CDU, nem qualquer outra força política pode
prometer seja o que for. Quem o fizer estará a iludir os eleitores.
O que podemos então fazer?
Pelo nosso lado, assumimos o
compromisso de gerir com honestidade e rigor os recursos existentes, tanto
financeiros, como humanos ou patrimoniais.
A Câmara tem de ser gerida de forma a
rentabilizar os recursos financeiros, tem de haver cortes na despesa, sem
contudo copiar o criminoso modelo nacional. Não queremos para o nosso concelho,
o que não queremos para o nosso país. A solução não passa pelo recurso a despedimentos.
A solução não passa pela precariedade. Não passa pelos baixos salários e muito
menos pela ausência do direito ao trabalho e a uma remuneração condigna!
Defendemos a interação com as
estruturas sindicais para definição de planos de formação adequados a uma
melhor gestão. Não podemos lançar mais gente para o desemprego e nem pode a
Câmara, por falta de verba, se tornar numa entidade patronal que atrasa os
salários dos seus trabalhadores. Uma entidade patronal que falha e penaliza os
direitos dos trabalhadores, como tantas outras que contribuem para o alastrar
do desespero no nosso concelho.
Temos que nos certificar dos valores
em dívida, quer sejam dívidas contraídas pela Câmara, quer sejam dividas à
Câmara! Sabemos, por exemplo, que existem dívidas resultantes do consumo de
água por parte de empresas que relegam o pagamento sob o falso pretexto de
poupar os postos de trabalho. Pura mentira! A água não é cortada, as empresas acumulam
os valores em dívida, mas continuam a despedir os trabalhadores. Entretanto, o
Zé Povinho não falta aos seus compromissos, embora o faça, cada vez com maior e mais pesado esforço!
Temos que reforçar a ação social,
sobretudo reforçar os subsídios geridos pelas escolas para apoiar as famílias com dificuldades. Sabemos que é a
partir destas que grande parte das nossa crianças e jovens são condignamente alimentados.
Não estamos de acordo com os cortes que estes apoios têm sofrido e repudiamos o
sofrimento que causa!
Temos que dar todo o apoio às associações
de solidariedade social. Tememos que este apoio seja cada vez mais logístico,
porque as verbas são cada vez menos.
Defendemos que os clubes, associações
recreativas, culturais e sociais prestem contas dos dinheiros atribuídos. Urge
saber se respeitam os princípios enumerados para a sua atribuição. Só assim se
pode reiterar responsavelmente o apoio que lhes é dado.
Temos que zelar pela manutenção dos
equipamentos, edifícios, viaturas, espaços lúdicos, espaços verdes e de lazer.
Não podemos deixar degradar os edifícios públicos, para depois os irmos
recuperar, gastando o dobro ou o triplo da verba que seria gasta inicialmente. Não
podemos deixar as viaturas ao Deus dará e não podemos permitir que as mesmas
sejam utilizadas para fins opostos ao interesse público. Temos de aumentar os espaços verdes e não
podemos negligenciar os existentes, pois além de serem um indicador da
qualidade de vida dos munícipes, são também promotores da nossa Cidade.
Temos que rentabilizar os espaços
lúdicos dando-lhes utilidade. Os eventos devem ser efetuados nos espaços
existentes e principalmente na época baixa, para atrair mais visitantes e
combater a sazonalidade da principal atividade económica e por conseguinte, o
desemprego. Mas se queremos mais e melhor turismo, urge resolver o caso das
estações de água residuais que, por mais
obras que tenham feito, até hoje o problema não está resolvido. Queremos
bandeiras azuis nas praias da frente mar ( desde o Peneco ao forte de S. João),
impensáveis com esgotos a correr a céu aberto para o mar no inverno e sem
terem conseguido resolver o problema dos emissários.
Os espaços de diversão noturna têm
que respeitar as normas de sonoridade, há que ter respeito pelos residentes que
vivem junto desses espaços. As esplanadas não podem ocupar a maior parte da via
pública Uma cidade turística não é unicamente um todo virado para quem vem de
fora. Uma cidade turística é aquela que atrai quem quer voltar a visitar e até
mesmo residir. Tem que haver um meio termo para satisfazer os comerciantes mas
ao mesmo tempo não fazer fugir os visitantes e respeitar os residentes.
A Coligação Democrática Unitária é
frontalmente contra as portagens na via do Infante, em primeiro lugar porque a
estrada 125 não é alternativa, em segundo lugar porque a mesma já foi paga com
os dinheiros vindos da União Europeia, em terceiro lugar se queremos mais
visitantes e turistas, com esta medida só os afastamos para outras paragens.
A Coligação Democrática Unitária
lutou para que Olhos de Água continuasse a ser uma freguesia, porque eleitos e
eleitores devem estar o mais perto possível, para que mais facilmente se
resolvam dos problemas dos residentes.
Temos que travar este executivo
Camarário que não tem oposição, inverter o rumo das políticas danosas de Direita que têm vindo a levar a cabo.
Defendamos os valores de Abril
Viva a Coligação Democrática Unitária