O primeiro-ministro
Pedro Passos Coelho participou na sessão de encerramento do Congresso dos
Trabalhadores Social Democratas que decorreu em Albufeira, garantindo abertura do
Governo para discutir aumento do salário mínimo e condições da negociação
coletiva.
Foto Al-Fachar |
O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho garantiu este
domingo que o Governo está aberto ao diálogo com os parceiros sociais para que
sejam discutidas alterações à legislação laboral. Em causa estão aspetos que o
presidente do PSD admite não terem corrido bem no acordo de concertação social
alcançado em 2012.
Durante o encerramento do XIII Congresso Nacional dos
Trabalhadores Social Democratas (TSD), em Albufeira, o presidente do PSD e
primeiro-ministro insistiu no diálogo social. Passos Coelho projetou uma agenda
de assuntos para discutir com os parceiros sociais.
Foto Al-Fachar |
“Digo hoje perante o país que o Governo está disponível para
aprofundar o esforço de concertação já este ano de modo a trazer para cima da
mesa a discussão da melhoria do salário mínimo nacional e a revisão daquilo que
tem que ver com as condições da negociação coletiva”, referiu Passos Coelho.
Passos Coelho comprometeu-se a melhorar o Salário Mínimo
Nacional e diz que o Governo está disposto a um esforço maior nas negociações
com os parceiros sociais.
O primeiro-ministro disse ainda que o Governo está «disponível
para fazer concessões», acrescentando que aguarda também que a mesma
disponibilidade seja manifestada pelos parceiros sociais.
«Precisamos de mostrar uma grande abertura para esse diálogo
na medida em que isso só reforça as condições de confiança da nossa recuperação
enquanto país e, portanto, beneficiamos todos», indicou.
Líder da UGT vai
bater-se pelo aumento do salário mínimo «até às últimas consequências»
No primeiro dia do Congresso, este sábado, o
secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Carlos Silva, prometeu
que irá bater-se pelo aumento do salário mínimo nacional, defendendo que o
Governo tem de arranjar forma de dar mais 15 euros aos portugueses.
«Não podemos deixar cair o aumento do salário mínimo
nacional, bater-nos-emos até às últimas consequências», disse Carlos Silva
durante a sua intervenção na abertura do 13.º Congresso dos Trabalhadores
Social Democratas (TSD), que decorre em Albufeira, sob o lema «Portugal 2014 -
retomar a esperança».
O secretário-geral da UGT considerou que o Governo «tem de
fazer mais do que as palavras, dando mais 15 euros aos portugueses, porque o
aumento não irá matar a fome a muitas famílias, mas é um sinal positivo e de
esperança depois de um largo período de austeridade».
«Depois de três anos de castigos e penalizações temos o
direito de olhar para o futuro e exigir o aumento», destacou.
«Não vamos passar do inferno ao paraíso a 17 de maio» mas,
«mesmo que a troika não concorde, o Governo tem de arranjar forma de aumentar o
salário mínimo nacional», sublinhou Carlos Silva, recordando o aumento da
retribuição mínima registado na Alemanha.
O secretário-geral da UGT lembrou que os trabalhadores
portugueses que «são tão bons como os trabalhadores alemães», defendendo uma
aproximação dos salários a nível europeu.
Carlos Silva apelou também «ao esforço de todos para evitar
que Portugal demore 20 anos a colocar-se ao nível europeu em termos de
salários», indicando que os portugueses têm de retomar a esperança 40 anos
depois do 25 de abril de 1974.
Por: Al-Fachar com RTP,
TSF e TVI