quinta-feira, 3 de julho de 2014

Profissionais de saúde e comerciantes informam população e turistas de Albufeira sobre ruptura do SUB e distribuem material (10 fotos)

Na manhã de hoje, quinta-feira, 3 de Julho, foram distribuídas espátulas à população e turistas de Albufeira, junto ao túnel da Praia do Peneco, simbolizando a falta de condições nos serviços de saúde.
“Tem dor de garganta? Vai ao Centro de Saúde? Leve uma espátula porque lá estão em falta!”, defendiam o SEP (Sindicato dos Enfermeiros Portugueses), o STFPSSRA (Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas) e a ACOSAL (Associação de Comerciantes e Serviços de Albufeira), pretendendo informar e sensibilizar, através de panfletos em Português, Inglês e Espanhol, sobre a atual situação do SUB de Albufeira.

Estas associações comunicaram ontem, dia 2 de julho, às 9,30h na reunião de Câmara de Albufeira, a gravidade da situação. O SEP já solicitou, também, uma reunião à Região de Turismo do Algarve.

Segundo o SEP, “as situações são graves e sem “fim à vista”. Sem profissionais suficientes, com ritmos de trabalho desumanos e falta de limpeza adequada dos serviços, todos estão em risco!”, salientando: “Em pleno Verão, o SUB de Albufeira é das urgências do Algarve que mais atendimentos regista. Sem condições é impossível dar respostas às solicitações. São enviados doentes para os hospitais para exames e tratamentos. Os tempos de espera aumentam. Há utentes que aguardam 4 horas para realizar um RX ou 12 horas para terem uma maca limpa, onde se deitar. O que João Moura Reis diz ser um “caso pontual”, acontece na verdade diariamente”.

“O Presidente da ARS conta com profissionais que se voluntariem para realizar turnos no SUB de Albufeira. Por outro lado, o CHA já não autoriza a deslocação de Assistentes Operacionais”, acusa o SEP, acrescentando: “Populações, utentes, turistas e profissionais não podem estar dependentes das ‘birras’ entre Presidentes da ARS e CHA. A estes, é exigido que desenvolvam a missão pública para as quais foram nomeados. Os SUB já têm ‘Pai’, mas não lhes reconhece a paternidade!”, refere o SEP.


Ainda segundo o SEP, “existe um Despacho do Secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, datado de 27 maio 2014 que determina que os SUB são da competência do CHA, definindo um prazo de 5 dias para que as 2 instituições elaborem um protocolo de transição. Tanto quanto se sabe esse protocolo ainda não existe, continuando a provocar consequências graves na gestão dos recursos humanos e materiais, com implicações no socorro da população”.