Na manhã de hoje, quinta-feira, 3 de Julho, foram
distribuídas espátulas à população e turistas de Albufeira, junto ao túnel da
Praia do Peneco, simbolizando a falta de condições nos serviços de saúde.
“Tem dor de garganta? Vai ao Centro de Saúde? Leve uma
espátula porque lá estão em falta!”, defendiam o SEP (Sindicato dos Enfermeiros
Portugueses), o STFPSSRA (Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e
Sociais do Sul e Regiões Autónomas) e a ACOSAL (Associação de Comerciantes e
Serviços de Albufeira), pretendendo informar e sensibilizar, através de
panfletos em Português, Inglês e Espanhol, sobre a atual situação do SUB de
Albufeira.
Estas associações comunicaram ontem, dia 2 de julho, às
9,30h na reunião de Câmara de Albufeira, a gravidade da situação. O SEP já
solicitou, também, uma reunião à Região de Turismo do Algarve.
Segundo o SEP, “as situações são graves e sem “fim à vista”.
Sem profissionais suficientes, com ritmos de trabalho desumanos e falta de
limpeza adequada dos serviços, todos estão em risco!”, salientando: “Em pleno
Verão, o SUB de Albufeira é das urgências do Algarve que mais atendimentos
regista. Sem condições é impossível dar respostas às solicitações. São enviados
doentes para os hospitais para exames e tratamentos. Os tempos de espera
aumentam. Há utentes que aguardam 4 horas para realizar um RX ou 12 horas para
terem uma maca limpa, onde se deitar. O que João Moura Reis diz ser um “caso
pontual”, acontece na verdade diariamente”.
“O Presidente da ARS conta com profissionais que se
voluntariem para realizar turnos no SUB de Albufeira. Por outro lado, o CHA já
não autoriza a deslocação de Assistentes Operacionais”, acusa o SEP,
acrescentando: “Populações, utentes, turistas e profissionais não podem estar
dependentes das ‘birras’ entre Presidentes da ARS e CHA. A estes, é exigido que
desenvolvam a missão pública para as quais foram nomeados. Os SUB já têm ‘Pai’,
mas não lhes reconhece a paternidade!”, refere o SEP.
Ainda segundo o SEP, “existe um Despacho do Secretário de
Estado da Saúde, Leal da Costa, datado de 27 maio 2014 que determina que os SUB
são da competência do CHA, definindo um prazo de 5 dias para que as 2
instituições elaborem um protocolo de transição. Tanto quanto se sabe esse
protocolo ainda não existe, continuando a provocar consequências graves na
gestão dos recursos humanos e materiais, com implicações no socorro da
população”.