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Posto da GNR - Aljezur |
No posto da GNR de Aljezur "o tecto de madeira
encontra-se de tal forma degradado que chove lá dentro como chove na rua".
A denúncia é da Associação dos Profissionais da Guarda (APG), que após uma
visita ao Algarve detectou ainda "situações degradantes" nos postos
de Lagos, Almancil e Loulé.
Ainda em Aljezur, a APG refere que "as instalações
sanitárias são extraordinariamente precárias" e os agentes que lá
pernoitam ficam numa escola que está a funcionar, tendo de ver se alguma aula
está a decorrer quando vão à casa de banho. Em Lagos, no posto instalado num
antigo convento, além de "uma das três viaturas ser um jeep que já foi
dado para abate duas vezes", António Barreira, coordenador da APG sul,
refere que as "canalizações estão ferrugentas, o que se vê na cor da água
quando se abre a torneira". Os 27 homens colocados em Lagos têm à
disposição apenas dois coletes à prova de bala, "um deles fora de
prazo", refere o dirigente da APG.
A associação já tinha denunciado a falta de condições dos
postos de Almancil, colocado numa vivenda e com remodelação classificada como
prioritária desde 2010, e de Loulé, instalado numa antiga prisão.
GOVERNO TEM DE AUTORIZAR OBRAS
Na sequência da visita, a APG solicitou reuniões com as
autarquias de Loulé (marcada para amanhã), Lagos e Aljezur (ainda a aguardar marcação).
No entanto, António Barreira admite que a associação apenas procura "apoio
para tentar sensibilizar o Governo" para a necessidade de realização das
obras. "O próprio Comando Geral da Guarda tem conhecimento dos casos e já
os reportou a quem de direito, mas é necessária autorização governamental para
o dinheiro ser disponibilizado", diz, lamentando que a Inspecção--Geral da
Administração Interna "feche celas de postos que não têm condições para
presos e não feche postos sem condições para os militares".
Notícia João Mira Godinho/CM