Um grupo de escuteiros de Albufeira está a participar no
Campo Nacional de Actividades Escutistas de Idanha-a-Nova (CNAE), local
destinado à realização de actividades escutistas que apoiem o crescimento
pessoal e colectivo dos jovens.
O Campo Nacional de Atividades Escutistas (CNAE) em
Idanha-a-Nova começou pela manhã de sexta feira, 3 de agosto, a receber os
participantes da maior atividade de juventude de sempre realizada em Portugal, o
XXII Acanac.
O dia estava a amanhecer e todas as estradas que ligam ao
CNAE ficaram mais movimentadas do que é habitual. Os mais de 17 mil escuteiros,
oriundos de todo o país, incluindo ilhas e mais de 150 escuteiros vindos de 12
países diferentes começaram a chegar.
Chegada dos jovens ao XXII Acanac |
A visita foi acompanhada pela chefia de campo que
explicou todo o programa e vivências para os 7 dias de atividades (entre 4 e 10
de agosto).
Visita de Alexandre Mestre, Secretário de Estado do Desporto e Juventude |
Da visita salientou a multitude de locais e de oportunidades destacando ainda existir um local que consiga acolher estes 17 mil jovens.
Todos os escuteiros têm as suas próprias missões e tarefas bem definidas, atividades organizadas que merecem também um tributo a todos os dirigentes que o fizeram.
O que mais o sensibilizou o governante foi ver as
crianças a chegarem ao campo, a edificar os espaços onde vão comer, a montar as
suas tendas com muitas expetativas e com sacrifício, considerando importante
que se incute este espirito de sacrifício e de superação nestes momentos.
Igualmente ontem, o Presidente da Comissão Episcopal
Laicado e Família, antigo escuteiro e assistente regional, esteve no XXII
Acanac a presidir à celebração da eucaristia para os 17 mil jovens presentes no
acampamento.
O bispo presidente da Comissão Episcopal Laicado e
Família, D. Antonino Dias, declarou que os jovens devem ser “evangelizadores
dos outros jovens” e que estes escuteiros, presentes no XXII Acanac, têm uma
“especificidade muito própria. São cristãos que se vão assumindo cada vez mais
e conhecendo a pessoa de Jesus Cristo. Depois, é necessário que um discípulo de
Cristo testemunhe aquilo em que acredita e leve aos outros a mesma pessoa de
Jesus Cristo”, afirmou o bispo de Portalegre e Castelo Branco.
D. Antonino Dias estava “emocionado” no final da
celebração que presidiu. “É a emoção de quem um dia foi Escuteiro e gosta de
ver estes acampamentos com vida e juventude, sobretudo numa diocese onde é
difícil juntar assim tanta gente e muito menos jovens, que não os há dentro da
diocese», sustentou o prelado. O bispo de Portalegre e Castelo Branco afirmou
ainda que este acampamento é “um sinal de esperança para a Igreja. O escutismo
sempre foi um movimento de muita esperança para a Igreja e muito acolhido pelos
Bispos. Há muita aceitação da sociedade civil. É um movimento simpático, onde
quem se insere nele se educa para a cidadania, para a participação, para a
formação integral da pessoa aberta também ao transcendente, que é muito
importante”, salientou.
O presidente da Comissão Episcopal, Laicado e Família
destacou ainda aos jornalistas presentes que o futuro da Igreja não é uma
preocupação atual. “A Igreja tem sempre futuro. A esperança é sempre a última
coisa a morrer. O cristão é por excelência o Homem da esperança, da alegria e
do entusiasmo. A vida vale a pena viver-se quando é vivida com autenticidade e
com alegria, aberta e no sentido de ajuda ao outro, no fundo, a ser educado
para o bem”, concluiu D. Antonino Dias.
O espaço acolhe o XXII Acanac ao longo desta semana, sob
o lema “Escuteirar - Educar para a Vida”.
Fonte: Flor de Lis