sexta-feira, 27 de julho de 2012

ALBUFEIRA | Celebração dos Avós de Jesus na Igreja de Sant’Ana



Ontem, dia 26 de julho, teve lugar a celebração dos Avós Maternos de Jesus, Santa Ana e S. Joaquim. A celebração teve lugar na Igreja de Sant’Ana com Missa Festiva às 21:30 horas.

Durante a celebração, os avós presentes leram a Oração dos Avós, com o seguinte teor:

Senhor, como avós, vimos hoje agradecer-vos o dom da vida que nos destes.
Pois vimos que se cumpriu o desejo de vermos os filhos dos nossos filhos na prossecução da vida, do amor e da concórdia connosco mesmos e uns para com os outros.
Queremos agradecer-vos Senhor todos os benefícios que de Vós recebemos.
Neste dia de Santa Ana e de São Joaquim, entregamos a Vós, Senhor, todas as nossas preocupações pessoais e familiares, os nossos medos e angústias, as nossas alegrias e consolações, os nossos projetos e intenções.
Senhor, como avós neste tempo, queremos colocar a nossa vida à vossa disposição; queremos ser construtores da paz e do perdão; queremos ser sinais de amor nesta sociedade, dando o nosso contributo e colaboração ativa e atuante, na nossa família, na sociedade e na Igreja.
Ajudai-nos, Senhor, a viver a nossa missão de avós, tornando-nos disponíveis para os nossos netos pela presença, pela ternura e pela compreensão.
Queremos agradecer também, Senhor, o testemunho de tantos homens e mulheres que se dedicam aos seus netos, se esforçam por manifestar o amor, traduzido em gestos e sinais.
E suplicamos-vos, por intercessão de S. Joaquim e de Santa Ana a graça de nos dardes muitos e santos avós no seio das famílias nas paróquias e na sociedade em geral, pois deles muito depende o equilíbrio humano, espiritual e cultural do nosso país.
Obrigado, Senhor! Obrigado, avós!

O pároco de Albufeira, Cónego José Rosa, recorda o Culto a Santa Ana em Albufeira:

Embora não seja mencionado o seu nome nas Escrituras Sagradas, a literatura apócrifa e a Tradição falam dos Avós maternos de Jesus e do nascimento miraculoso de sua filha, Maria, mãe de Jesus.
O culto a estes dois veneráveis anciãos desenvolveu-se muito no Oriente e de lá veio para o Ocidente no Séc. XIII.
Fixou-se logo em Albufeira depois da Reconquista; e de certeza já existe nesta cidade há vários séculos.
O Castelo de Albufeira tinha uma porta que dava acesso à Praia e tinha o nome de PORTA DE SANTA ANA.
A atual Praia dos Pescadores chamava-se PRAIA DE SANTA ANA.
As ruas do Cais e zona ribeirinha tinham o nome de BAIRRO DE SANTA ANA.
Ainda hoje lá existe uma RUA DE SANTA ANA e o BECO DE SANTA ANA, exatamente no local onde estava a velha Igreja ou Capela de Santa Aa, destruída pelo terramoto e maremoto de 1755.
Até 1911, havia na zona baixa da cidade uma rua que atualmente se chama Av. 25 de Abril e que até ao início da Primeira República, em 1910, tinha o nome de RUA NOVA DE SANTA ANA.
Logo após o terramoto, houve a preocupação e a urgência em construir uma nova Igreja em honra de Santa Ana, a qual, em 1760, já estava concluída.
Todas estas breves informações que nos são dadas pela toponímia local e pela documentação que ainda existe, conduzem-nos inevitavelmente à conclusão de que Albufeira foi uma Vila que teve um carinho muito especial para com Santa Ana, à semelhança do que acontece atualmente em muitas terras de Portugal, no Oriente cristão e nas Américas.
O culto a Santa Ana, riqueza histórica de Albufeira, deve agora ser de novo incrementado nesta cidade, uma vez que se relaciona sobretudo com os Avós.
O papel dos Avós na sociedade moderna é imprescindível por muitas razões. Os avós são uma riqueza que tem de ser valorizada e bem aproveitada, pois dos avós depende muito o equilíbrio humano, espiritual e cultural da nossa gente.
Tratou-se de uma celebração linda promovida pela paróquia, tendo por objetivo homenagear todos os avós.
Notícia Al-Fachar