quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sessão de esclarecimento sobre Estatuto do Artesão com sala lotada


No dia 24 de setembro realizou-se uma sessão de esclarecimento sobre o Estatuto do Artesão e da Unidade Produtiva Artesanal. O evento, que estava inicialmente marcado para a sala de reuniões dos Paços do Concelho, teve que ser transferido para a Biblioteca Municipal Lídia Jorge devido ao elevado número de inscrições.


A sala da Biblioteca Municipal Lídia Jorge esteve completamente cheia na apresentação pública da sessão de esclarecimento sobre o Estatuto do Artesão e da Unidade Produtiva Artesanal que decorreu na segunda-feira, dia 24 de setembro, numa iniciativa organizada pela Câmara Municipal de Albufeira com a colaboração do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e do Centro Profissional de Artesanato (CEARTE).


Estiveram presentes na sessão 87 participantes, entre os quais alguns já detentores da carta de artesão e que durante o debate, que decorreu bastante animado, fizeram questão de realçar as vantagens em possuir o estatuto, sobretudo aquando da participação em feiras, designadamente na Feira de Artesanato da FIL, o que possibilita o apoio financeiro ao nível da inscrição e promoção do artesão no evento, por parte do IEFP. O balanço da iniciativa é bastante positivo, destacando-se como uma das conclusões mais importantes a necessidade de efetuar o levantamento das necessidades de formação dos artesãos, trabalho a desenvolver com a coordenação do Gabinete de Empreendedorismo da Câmara Municipal de Albufeira (AGE), com vista à realização de ações de formação específicas para este público em 2013, com a chancela do CEARTE.

Luís Rocha, Diretor do CEARTE, referiu as potencialidades do setor como motor de desenvolvimento, tendo salientado o seu valor cultural, histórico e patrimonial. “ O artesanato interfere nos tecidos económico, cultural e social das regiões, como fonte de rendimento e de emprego, como mais-valia turística e é um fator de ligação e envolvimento das populações com os seus territórios”, referiu. Afirmou ainda que o setor das artes e ofícios encontra-se numa situação privilegiada para com os recursos endógenos possibilitar a criação de novas alternativas de trabalho. Por sua vez Fernando Gaspar, coordenador do PPART – iniciativa governamental com o objetivo de valorizar, expandir e renovar as artes e ofícios em Portugal salientou que do universo de artesãos no país, apenas 2500 possuem carta de artesão ou carta de unidade produtiva artesanal, o que retira peso ao setor ao nível do reconhecimento da profissão e da capacidade negocial, na altura de produzir legislação específica.

CM-Albufeira