No
dia 24 de setembro realizou-se uma sessão de esclarecimento sobre o Estatuto do
Artesão e da Unidade Produtiva Artesanal. O evento, que estava inicialmente
marcado para a sala de reuniões dos Paços do Concelho, teve que ser transferido
para a Biblioteca Municipal Lídia Jorge devido ao elevado número de inscrições.
A
sala da Biblioteca Municipal Lídia Jorge esteve completamente cheia na
apresentação pública da sessão de esclarecimento sobre o Estatuto do Artesão e
da Unidade Produtiva Artesanal que decorreu na segunda-feira, dia 24 de
setembro, numa iniciativa organizada pela Câmara Municipal de Albufeira com a
colaboração do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e do Centro
Profissional de Artesanato (CEARTE).
Estiveram
presentes na sessão 87 participantes, entre os quais alguns já detentores da
carta de artesão e que durante o debate, que decorreu bastante animado, fizeram
questão de realçar as vantagens em possuir o estatuto, sobretudo aquando da
participação em feiras, designadamente na Feira de Artesanato da FIL, o que
possibilita o apoio financeiro ao nível da inscrição e promoção do artesão no
evento, por parte do IEFP. O balanço da iniciativa é bastante positivo,
destacando-se como uma das conclusões mais importantes a necessidade de efetuar
o levantamento das necessidades de formação dos artesãos, trabalho a
desenvolver com a coordenação do Gabinete de Empreendedorismo da Câmara
Municipal de Albufeira (AGE), com vista à realização de ações de formação
específicas para este público em 2013, com a chancela do CEARTE.
Luís
Rocha, Diretor do CEARTE, referiu as potencialidades do setor como motor de
desenvolvimento, tendo salientado o seu valor cultural, histórico e
patrimonial. “ O artesanato interfere nos tecidos económico, cultural e social
das regiões, como fonte de rendimento e de emprego, como mais-valia turística e
é um fator de ligação e envolvimento das populações com os seus territórios”,
referiu. Afirmou ainda que o setor das artes e ofícios encontra-se numa
situação privilegiada para com os recursos endógenos possibilitar a criação de
novas alternativas de trabalho. Por sua vez Fernando Gaspar, coordenador do
PPART – iniciativa governamental com o objetivo de valorizar, expandir e
renovar as artes e ofícios em Portugal salientou que do universo de artesãos no
país, apenas 2500 possuem carta de artesão ou carta de unidade produtiva
artesanal, o que retira peso ao setor ao nível do reconhecimento da profissão e
da capacidade negocial, na altura de produzir legislação específica.
CM-Albufeira