Na passada quarta-feira, a maioria PSD na Assembleia
Municipal de Albufeira, liderada por Carlos Silva e Sousa, anunciado candidato
à Presidência da Câmara em substituição de Desidério Silva, reconheceu que as
contas do município de Albufeira estão em desequilíbrio estrutural e autorizou
a Câmara Municipal a candidatar-se ao PAEL e a contrair 2 empréstimos, no
montante de 30,2 milhões de Euros, destinados a pagar dívidas de curto prazo.
A referida Assembleia realizou-se já sem presença de
Desidério Silva, o qual, após conduzir o Município de Albufeira ao estado
calamitoso em que se encontram as suas finanças, não teve a coragem de dar a
cara no momento da tomada de uma decisão que vai hipotecar o futuro do concelho
para os próximos 20 anos.
Conforme referiu no debate Francisco Oliveira, líder da
bancada socialista na Assembleia Municipal, “é nos momentos de dificuldade e
nas situações adversas que se vê a natureza e a têmpera das pessoas”.
O facto é que, após 12 anos de má governação, de gastos
desnecessários, de falta de perspetiva, os Albufeirenses são agora confrontados
com um agravamento brutal das condições socioeconómicas.
Ricardo Clemente, Presidente da Concelhia do PS
Albufeira, questiona “se as empresas e famílias de Albufeira estarão preparadas
para os aumentos astronómicos de taxas, tarifas e impostos a que o atual
executivo e a maioria PSD na Assembleia Municipal nos impõem?”.
Estes empréstimos estão a ser contratados com condições
que obrigam ao agravamento nos impostos municipais, no caso, o IMI para as
taxas máximas 0,5 e 0,8, a derrama para a sua taxa máxima, assim como o IRS
será fixado em 5%, ao que se alia o aumento das tarifas de água, saneamento e
resíduos sólidos, as quais irão subir nos próximos tempos cerca de 30%.
Para Ricardo Clemente, “estes aumentos representam, já no
próximo ano, cerca de 30% de agravamento na carga contributiva municipal e
penalizam de forma muito gravosa os munícipes e empresas do concelho. O PS está
manifestamente contra estes aumentos e acha-os injustos. Um município que fora
próspero e que bem gerido teria hoje capacidade par dar uma resposta cabal à
crise nacional e internacional. Bastar-lhe-ia, para isso, terem sido evitados
ao longo destes anos da gestão PSD, gastos completamente descabidos e
desnecessários”.
Mas face a tudo isto, o Presidente da Câmara, Desidério
Silva, opta por abandonar “o barco” e fugir procurando refúgio no Turismo do
Algarve!
Ricardo Clemente deixa-lhe um último conselho: “Para bem
do Turismo e do Algarve, não provoque nessas funções o mesmo dano que provocou
em Albufeira, pois o Turismo do Algarve necessita de uma gestão responsável”.
PS/Albufeira