O crescimento do
aluguer clandestino de casas origina a perda de receitas para o turismo,
alertou o presidente da Região de Turismo do Algarve, que apelou aos
proprietários para que inscrevam os imóveis junto das câmaras municipais.
Desidério Silva - Presidente do Turismo do Algarve (foto Alfachar) |
O aluguer no chamado sistema de "camas paralelas",
ou seja, a oferta de casas não registadas como alojamento local junto das
câmaras municipais, representa três a quatro milhões de dormidas todos os anos,
estimou o presidente da Região de Turismo do Algarve.
"Oficialmente, temos três milhões de turistas, mas na
realidade são cinco milhões. Temos 13 milhões de dormidas, mas na verdade são
16 ou 17 milhões. Há um número considerável de dormidas e de turistas que não
são oficiais", disse Desidério Silva.
Em declarações à agência Lusa, o ex. autarca de Albufeira
alertou que este sistema paralelo significa uma perda para o turismo, uma vez
que cada região recebe uma verba do Estado em função do número de turistas, do
número de dormidas, do número de municípios e da área do território.
"Não sendo oficiais, estes alojamentos locais não podem
ser contabilizados nas transferências do orçamento do Estado", disse,
afirmando que é o Algarve que sai prejudicado porque "não tem os meios
necessários para promover a região como destino de referência".
Desidério Silva garantiu que a inscrição junto dos municípios
é "fácil" e por isso apelou aos proprietários para legalizarem os
seus alojamentos.
Fonte: Lusa