No dia 30 de Outubro, a maioria PSD na Câmara Municipal, deu luz verde ao anunciado abandono por parte de Desidério Silva das funções de Presidente de Câmara, responsabilidade que há cerca de 3 anos, nas urnas, os albufeirenses lhe tinham confiado.
O Partido Socialista, nas palavras do seu atual presidente da Comissão Política Concelhia, veio dar voz àquele que é o sentimento que grassa entre os munícipes quando afirma “os políticos têm que falar verdade e, não basta falar, têm que ter uma prática coincidente com o que se comprometem com os eleitores. Desidério Silva, ontem, tinha Albufeira em primeiro lugar, hoje, é a sua carreira política que está em primeiro lugar”.
Ouvir, o até aqui Presidente, dizer na sua mensagem de despedida aos funcionários da autarquia “que vai para o Turismo por que esta sempre foi a sua vocação”, deixa um sentimento de revolta e frustração junto daqueles que sempre deram o seu melhor pelo município, afinal o presidente não estava cá por convicção, estava em trânsito, para um outro lugar que ele sempre considerou mais interessante.
Esta conduta, numa situação como a presente, em que aquele que parte foi o condutor dos destinos do concelho durante 11 anos e deixa um município no caos organizativo e financeiro, ganha uma especial censurabilidade!
Albufeira têm um Presidente em fuga da realidade que criou! Esta é a realidade, dura, mas é a verdade!
Ricardo Clemente, a respeito desta triste história, lança o repto ao PSD, nomeadamente ao seu Presidente da Comissão Política, Carlos Silva e Sousa, indigitado candidato, “tome posição pública e diga aos Albufeirenses se concorda com o não cumprimento dos compromissos para com os eleitores e se concorda ou não com o abandono de funções por parte de Desidério Silva”.
Albufeira, não pode continuar por este caminho, não pode continuar com uma das mais altas taxas de desemprego do país, aliada a uma das mais altas capitações de impostos do país e com custos que se aproximam do insustentável, particularmente no que se reporta ao fornecimento de bens e serviços.
O caminho que estamos a trilhar, onde se evidencia uma cada vez menor falta de capacidade de resposta aos crescentes problemas, conjugado com uma gestão que se revelou ineficaz, gastadora e populista, conduziram-nos ao desequilíbrio das contas municipais, as quais evidenciam um passivo de cerca de 90 milhões de Euros.
Funcionários desmotivados, empresas que hoje sentem a autarquia não como uma parceira mas como um entrave ao desenvolvimento económico, uma oferta turística que tem de se afirmar como competitiva num ambiente urbano cada vez mais degradado, são a realidade a que a gestão deste executivo, liderado até hoje por Desidério Silva, nos conduziu.
Algo terá de mudar, Albufeira e os Albufeirenses começam a perceber isso!
PS/Albufeira