sexta-feira, 17 de agosto de 2012

ALJEZUR | Chove no posto da GNR

Posto da GNR - Aljezur


No posto da GNR de Aljezur "o tecto de madeira encontra-se de tal forma degradado que chove lá dentro como chove na rua". A denúncia é da Associação dos Profissionais da Guarda (APG), que após uma visita ao Algarve detectou ainda "situações degradantes" nos postos de Lagos, Almancil e Loulé.

Ainda em Aljezur, a APG refere que "as instalações sanitárias são extraordinariamente precárias" e os agentes que lá pernoitam ficam numa escola que está a funcionar, tendo de ver se alguma aula está a decorrer quando vão à casa de banho. Em Lagos, no posto instalado num antigo convento, além de "uma das três viaturas ser um jeep que já foi dado para abate duas vezes", António Barreira, coordenador da APG sul, refere que as "canalizações estão ferrugentas, o que se vê na cor da água quando se abre a torneira". Os 27 homens colocados em Lagos têm à disposição apenas dois coletes à prova de bala, "um deles fora de prazo", refere o dirigente da APG.

A associação já tinha denunciado a falta de condições dos postos de Almancil, colocado numa vivenda e com remodelação classificada como prioritária desde 2010, e de Loulé, instalado numa antiga prisão.

GOVERNO TEM DE AUTORIZAR OBRAS

Na sequência da visita, a APG solicitou reuniões com as autarquias de Loulé (marcada para amanhã), Lagos e Aljezur (ainda a aguardar marcação). No entanto, António Barreira admite que a associação apenas procura "apoio para tentar sensibilizar o Governo" para a necessidade de realização das obras. "O próprio Comando Geral da Guarda tem conhecimento dos casos e já os reportou a quem de direito, mas é necessária autorização governamental para o dinheiro ser disponibilizado", diz, lamentando que a Inspecção--Geral da Administração Interna "feche celas de postos que não têm condições para presos e não feche postos sem condições para os militares".

Notícia João Mira Godinho/CM