Vários turistas queixaram-se esta madrugada do ruído provocado pela discoteca
Bliss, em Vilamoura, Algarve. A Câmara Municipal de Loulé já está a acompanhar
queixa, para que seja cumprida lei de ruído, avança a Lusa.
«É horrível.
Até se ouve as pessoas a gritar», disse Bruno Cipriano, um turista com casa na
Aldeia das Açoteias, situada cerca de cinco quilómetros «em linha recta» da
discoteca, que o barulho não o deixa dormir.
A discoteca é situada ao ar
livre, no Hipódromo de Vilamoura. Segundo Bruno, já vários turistas e até alguns
hotéis apresentaram queixa na Câmara Municipal.
No âmbito da queixa, na
madrugada de ontem, uma técnica da Divisão de Ambiente foi até ao local fazer
testes para medir o nível de ruído produzido pela Bliss.
Com a queixa, o
ruído baixou, mas o queixoso garante que voltou a aumentar quando a técnica
abandonou o local.
Outro queixoso foi o proprietário da Quinta do Mel, um
espaço de turismo rural situado a 1,5 quilómetros em linha recta do espaço
nocturno, que confessa também ouvir bem o barulho e que «começa lá para as
03:00h.»
Apesar de nenhum dos seus hóspedes ter apresentado queixa, Luis
Silva assegura que terá que «tomar medidas».
«Tive apenas uns suíços que
me perguntaram como é que é possível a discoteca estar aberta¿, disse.
O
presidente da Câmara de Loulé, Seruca Emídio, disse à Lusa que é possível
saber-se se o som foi ou não aumentado depois de a técnica sair, uma vez que os
níveis de decibéis ficam registados.
«O que compete à câmara é fazer com
que a legislação seja cumprida escrupulosamente, tanto na licença de ocupação
como na lei do ruído», sublinhou.
Seruca Emídio acrescentou ainda que é
difícil conciliar a vontade de diversão de alguns, com a vontade de descanso de
outros.
O autarca diz-se estar «atento» e que irá acompanhar a situação
para que «a lei seja cumprida».
Esta não é a uma situação isolada, e não
é a primeira vez que a discoteca Bliss é alvo de queixas.
Já em Agosto, a
Associação de Discotecas do Sul e Algarve apresentou uma providência cautelar à
discoteca, questionando a legalidade do licenciamento da câmara. Na altura, o
município afirmou que o espaço é legal.
Notícia TVI24